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Ser liberto não quer dizer ser livre

…Foi para a liberdade que Cristo nos libertou…  (Gl 5.1 )

Libertação é um tema abrangente e você o vê em toda Bíblia: libertação do domínio do pecado, libertação das trevas para a luz, libertação dos inimigos, libertação de cativeiro, de prisões, pactos, alianças, de opressão, situações de sofrimento intenso, de controle, domínio, do coração, da mente, da alma. Não há quem não precise ser liberto em alguma área, porque libertação é ação sobrenatural de Deus em situações sem saída humana. Deus sempre ouviu o clamor dos oprimidos e se importa muito com aqueles que estão em prisões espirituais, mentais, emocionais, físicas, sociais, financeiras. Desde os dias de Moisés no Egito e até agora, Deus tem liberto seu povo dos lugares de domínio, servidão, escravidão, jugo, oferecendo a ele promessa de um lugar onde possam ser livres.

Isaías revela a grandiosa missão de Jesus  em poucos versos: “O Espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; (…) a consolar todos os tristes; a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado...

Jesus é o libertador da humanidade, que a si mesmo se declarou como o libertador enviado de Deus, ao dizer “...se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres (…), o diabo veio para matar, roubar e destruir, mas Eu vim para que tenham vida, vida em abundância.”

Alguém  definiu abundância  em sua amplitude espiritual como sendo “luz na escuridão, cura na doença, prosperidade na pobreza, integridade no quebrantamento, favor na obscuridade, amor para os não amados, beleza ao invés de cinzas, e vitoriosos entre vítimas”.  A salvação é abundante, é  poderosa, é plena. Começa no espírito, com o novo nascimento, mas precisa permear toda sua alma, toda sua vida, por toda eternidade!

Quando fomos salvos da morte eterna, fomos livres dela, quando fomos libertos da escravidão do domínio do pecado, foi para sermos livres dele, para não nos enredarmos mais nele. Mas porque há ainda tantos cristãos atados, presos a pessoas ou situações (sem conseguir romper) vivendo longe da vida abundante prometida por Jesus? Por que muitos que já foram libertos (salvos por Ele), recaem e voltam à situação que os escravizava? Como, lentamente mas gradualmente, a opressão, que era externa, passa a ser interna por causa da mentalidade que não mudou,  apesar da fonte de opressão de nossas vidas ter sido removida na cruz? Por que ainda agimos como vítimas, esperando por mudança exterior quando na verdade a fonte de nossos problemas está bem dentro de nós? Muitos cristãos são prisioneiros de alguém, de alguma coisa ou da sua maneira de pensar e ver as coisas e nem mesmo o sabem.

É preciso entender a diferença entre libertação e liberdade. Parece redundância o que Paulo diz: Foi para a liberdade que Cristo nos libertou!  Mas não é, porque ser liberto não quer dizer ser livre.

Liberdade e libertação são palavras paralelas mas diferentes. Libertação é Deus vindo na sua vida e o tirando de uma  situação em que você está preso, em que naturalmente você não consegue sair. No entanto liberdade é uma estória diferente, porque quando você é verdadeiramente livre você não se acha mais preso em situações das quais Deus já o libertou.

Quando os filhos de Israel estavam diante do Mar Vermelho, Deus libertou-os de Faraó, da escravidão do Egito ao abrir as águas do mar. Após a saída externa do Egito, à cada dificuldade, o povo de Israel preferia voltar à escravidão, revelando a necessidade de libertação interior, de visão nova,  de mentalidade renovada. Depois de séculos de escravidão, eles não eram livres interiormente, não sabiam lidar com as responsabilidades que a liberdade traz.  Porque liberdade não é fazer tudo o que se quer. Ninguém é completamente livre neste sentido. A liberdade para a qual Cristo nos libertou é a liberdade do pecado, pois a liberdade de regras, normas, estruturas ou obediência, com frequência, nos leva a excessos, aos vícios que o prazer oferece e rapidamente estas ações voltam a nos subjugar. 

Outro exemplo vívido foi o que aconteceu com a mulher de Ló, que foi liberta da destruição de Sodoma e Gomorra, pelos anjos do Senhor, mas olhou para trás para as cidades sendo destruídas, revelando que sua mente, seu interior estavam lá. Suas circunstâncias mudaram mas não o seu comportamento.

Liberdade interior não é fácil, não acontece da noite para o dia, mas sem ela não podemos ser restaurados, não podemos ter vida abundante. Cristo nos chamou para liberdade do jugo do pecado e de satanás. Quando não nos desligamos das ligaduras do passado, não saímos das prisões da alma ou voltamos à prática do que nos escravizava, estamos fazendo a vontade dele, e pior, dando-lhe alegria por causa das amarras que voltam a nos aprisionar.

Foi para a liberdade que Cristo nos libertou, para não sermos  mais subjugados por aquilo que nos  domina, controla, escraviza,  aprisiona , amarra sejam pessoas, situações, hábitos, maneira de pensar, temperamento, crenças, alianças, estruturas humanas, religiosas, forças malignas, não é verdade?

Você tem sido capaz de se mover de libertação para liberdade?

  • Sandra Ramalho

 

2 Replies to “Ser liberto não quer dizer ser livre

  1. Muito bom seu texto. Gostaria de usar seu material didático informativo sobre libertação na igreja que estou trabalhando hoje.
    Meu nome é Paulo Domingos.

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