A força, a saúde de uma sociedade se fundamenta no casamento, na família. Foi a primeira coisa instituída por Deus para o homem e a mulher , criados por Ele. É o lugar para a companhia um do outro, para o nascimento, a criação, a proteção, a direção, o amor e  ensino dos filhos.

Jesus, ao fazer  referência ao fim dos tempos da era cristã,  aborda novamente o casamento, chamando a sua igreja de noiva, com a qual se casará . Ele disse…Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. (Ap 19.9).

Em outro lugar a Palavra diz “…digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros. 

O pecado, a imoralidade, a independência do ser humano levou nossa sociedade cada vez mais a banalizar o casamento, a mudar seu conceito, suas bases. Com isso, a causa maior que está por detrás da delinquência, da rebelião, das tragédias sociais tem sido o esfacelamento do casamento [família]. Se pudéssemos resumir num único conceito a cura para esta geração, seria o casamento.

Alguém disse  que Deus escreveu  nossos pecados na areia (podem ser apagados), mas seus princípios na pedra (não passam). Seus princípios são leis para a vida humana – e o casamento é um deles. Não se tira os fundamentos de uma casa sem que a sua estrutura caia.

Na passagem de Gen 2.24-25 , o próprio Deus estabelece as 4 leis que sustentam e  tornam o casamento bem-sucedido.

… Portanto deixa o homem o seu pai e a sua mãe (1), e se une à sua mulher(2), tornando-se os dois uma só carne(3). Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus (4) e não se envergonhavam.”,

Vejamos quais são elas:

1. Lei da emancipação  -… deixar pai e mãe

Essa lei implica em não mais dependência emocional, financeira, espiritual e do ambiente dos pais. É receber enquanto filhos as bênçãos dos pais para irem e constituírem suas próprias famílias. É o passo largo para a maturidade de um homem com sua mulher. É fazer do cônjuge a sua prioridade.

2. Lei do esforço – … unir-se, apegar-se a sua mulher

É a lei de  se buscar a unidade entre o casal. Um desafio muito grande  para ser alcançado no casamento. Convivência não é fácil, tem um preço. Unidade custa caro. É preciso superar  traumas, carências, feridas, imaturidade, limitações da personalidade, fraquezas do temperamento, discernir e desligar-se do legado, das heranças familiares de cada um. O casamento é para quem quer trabalhar duro. Só o romantismo não basta, nem o otimismo. Implica em confiança, respeito, lealdade, fidelidade, aliança.

E se houver desconexão? É preciso restauração. Para haver restauração o casamento precisa estar firmado na rocha, que é Cristo. É preciso vida de cruz. Cruz é negar-se a si mesmo, amar sacrificialmente. Não é só amor eros (sexualidade) , é muito mais o amor ágape (que se doa, se entrega, é incondicional, suporta, espera, não visa o próprio interesse…) .É mudar primeiramente você e esperar pela maturidade, cura  e crescimento do outro.

Ninguém  conhece  seu cônjuge como Deus o conhece… ninguém o vê como Deus o vê. Neste esforço de se buscar a unidade,  só com os olhos cheios de Jesus para ver o outro como Deus o vê.  O divórcio é o fracasso ( de um ou do outro) em se conseguir  ir para a cruz e buscar esta unidade.

3. Lei da Aliança – … ser uma só carne

É a lei  da pertença (pertencimento) , da conjunção  física,  material, emocional, espiritual, financeira … tudo vai ser compartilhado. Nada mais será só seu, as vezes até a escova de dentes.  É entrega integral. A entrega é o princípio do evangelho. Jesus falando do Pai disse : “Eu e o Pai somos um (…) todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas”,  (Jo 17.10).

Se vc não se render ao seu cônjuge você não se rende a Deus. Não nos rendemos porque  nos seguramos, porque  temos reservas, não somos inteiros, por causa da nossa formação, nossas carências, feridas, medos, nosso legado familiar. Só a integridade (inteireza de coração), a confiança geram intimidade…

4. Lei da Nudez – … estar nu para o outro

É a nudez física, a transparência, a sinceridade, o abrir do coração, dos sentimentos …

Para se chegar à intimidade física e emocional quanto precisa se caminhar, não? Quantas leis, princípios são quebrados, não são considerados.  Nos tempos atuais muitos fazem o inverso e ficam nus fisicamente  primeiro, achando que a intimidade física é emocional, espiritual e não se entende depois porque tantos problemas na vida a dois.

Estas são as leis básicas para um casamento bem sucedido.

Ore comigo: Senhor, perdoe-nos como família, perdoe as falhas de nossos pais, de nossos antepassados em relação ao casamento, as infidelidades, as quebras de aliança, a falta de unidade, de amor incondicional, o egoísmo, a dureza, as discórdias, os adultérios, os divórcios … Perdoe-nos quando desonramos nossos pais ao casarmos sem a benção deles, quando tivemos intimidade sexual e filhos fora da aliança do casamento. Perdoe o pensamento e as práticas de desvalorização, desconsideração do casamento da nossa geração. Ajude-nos a fazer do nosso lar o lugar de proteção, direção, identidade, limites, correção, vínculos, nutrição, amor, relacionamento, aceitação e perdão para os nossos filhos! No Nome de Jesus!

• Adaptado de As 4 Leis do Casamento – Pr Coty